Colunas

Melhores de Portugal

(*) POR LUIS LOPES

O momento mais aguardado para os produtores portugueses acontece em fevereiro. É nesse mês que a Revista de Vinhos elege os melhores rótulos do ano. Foram 29 vinhos e uma aguardente envelhecida os eleitos com o Prêmio de Excelência, destacados assim entre os mais de 4.500 degustados em 2007.

• Alves de Sousa Reserva Pessoal Douro tinto 2003, de Domingos Alves de Sousa. Do produtor da Quinta da Gaivosa, um vinho muito perfumado e complexo.

Continua após o anúncio

• Anselmo Mendes Vinho Verde Alvarinho branco 2005, de Anselmo Mendes. Feito “à moda antiga”, é muito complexo, mineral, longo e vigoroso.

• Auru Douro tinto 2001, da Quinta do Portal. Feito apenas de duas castas, Tinta Roriz e Touriga Nacional, é intenso e poderoso, sedoso e cheio de especiarias.

• Barbeito Lote Especial Madeira Malvazia 30 Anos, de Vinhos Barbeito. Notável complexidade aromática, com sugestões de resinas, figos secos e madeira exótica.

• Batuta Douro tinto 2005, da Niepoort. O Batuta é o símbolo dos novos vinhos do Douro que têm impressionado os mercados mundiais. Distinto, elegante, polido e, ao mesmo tempo, duradouro.

• Charme Douro tinto 2005, da Niepoort. O Charme é a vertente mais elegante e sofisticada dos vinhos da Niepoort. Fresco e imensamente sedutor é, sem dúvida, o mais “borgonhês” dos tintos do Douro.

• Dona Maria Reg. Alentejano Reserva tinto 2004, de Dona Maria Vinhos. Lote de Alicante Bouschet, Aragonês, Cabernet e Syrah, um tinto austero, concentrado, com garra e classe.

• Dorado Vinho Verde Alvarinho branco 2005, da Quinta do Feital. É um Alvarinho de “terroir”, encorpado, fresco e com intensa mineralidade.

• Gouvyas Douro Vinhas Velhas tinto 2004, da Bago de Touriga. Um tinto de vinhas velhas, feito em lagar, com pisa a pé, de perfil clássico, seco e encorpado.

• Lavradores de Feitoria Douro Grande Escolha 2004, de Lavradores de Feitoria. De vinhas velhas do Douro, tem estilo fino e elegante, apesar de longo e poderoso.

• Murganheira Assemblage – Espumante Távora-Varosa branco 1995, das Caves Murganheira. Sóbrio, mi-neral e cheio de classe.
Paço dos Cunhas de Santar Vinha do Contador Dão tinto 2005, de Paço de Santar. Em apenas dois anos, esta casa chegou ao topo dos vinhos do Dão. Esse tinto mostra por quê.

• Paulo Laureano Reg. Alentejano Alicante Bouschet tinto 2005, de Paulo Laureano Vinus. A uva Alicante Bouschet no seu melhor: intenso, complexo, vigoroso e muito fresco. Impressionante.

• Pintas Douro tinto 2005, da Wine & Soul. Um dos mais cotados “vinhos de garagem”, apenas 5.500 garrafas de um tinto intenso, fresco e muito distinto.

• Quinta do Carmo Reg. Alentejano Reserva tinto 2004, de Quinta do Carmo. Um vinho muito bem acabado em que dominam as notas elegantes e sofisticadas. Finesse e classe marcam toda a prova.

• Quinta do Crasto Vinha Maria Teresa Douro tinto 2005, da Quinta do Crasto. Simplesmente fabuloso, esse tinto se destacou em todas as provas feitas em 2007. Complexo, completo e interminável.

• Quinta da Falorca Dão Garrafeira tinto 2003, da Quinta Vale das Escadinhas. Um tinto muito elegante, com notas finas de violetas, autêntico veludo na boca, cheio de fruto e frescura.

• Quinta de Foz de Arouce Vinhas Velhas Santa Maria Reg. Beiras tinto 2005, de Conde Foz de Arouce. Com a casta Baga da vizinha Bairrada, faz-se aqui um vinho muito elegante e requintado.

• Quinta do Infantado Douro Reserva tinto 2005, da Quinta do Infantado. Para além de vinhos do Porto, a Quinta do Infantado já produz excelentes tintos, como esse belo Reserva.

• Quinta do Monte d’Oiro Reg. Estremadura Reserva tinto 2004, de José Bento dos Santos. Um Syrah à moda da Côte du Rhone, com excelente vigor aromático, a par de uma notável elegância em boca.

• Quinta do Noval Porto Colheita 1986, da Quinta do Noval. Noval não é só nome de Vintage, como o prova esse tawny soberbo, cheio de especiarias, complexo, com grande classe e frescura.

• Quinta do Ribeirinho Pé-Franco Reg. Beiras tinto 2005, de Luís Pato. Provavelmente, o mais raro dos grandes vinhos portugueses: são feitas apenas 1.400 garrafas.

• Quinta do Vale Meão Douro tinto 2005, de F. Olazabal & Filhos. Mostra-se numa de suas melhores safras, cheio de finura e equilíbrio, com taninos de cetim.

• Relíquia Aguardente Velhíssima Reserva Especial, de Caves do Freixo. Um regresso às grandes aguardentes portuguesas tradicionais: austera, sem disfarces, num conjunto muito amplo e rico, com final seco.

• S de Soberanas Reg. Terras do Sado tinto 2004, de Soc. Agr. Soberanas. Feito de Trincadeira e Alicante Bouschet, essa é a mais excitante novidade na Península de Setúbal.

• Soalheiro Primeiras Vinhas Vinho Verde Alvarinho branco 2006, de António Esteves Ferreira. Estréia na marca Soalheiro, é feito com as vinhas mais velhas da casa. Muito elegante.

• Terrenus Reg. Alentejano Reserva tinto 2004, de Rui Reguinga. Junte-se o “terroir” da região de Portalegre e a sabedoria do enólogo Rui Reguinga: um vinho de enorme caráter.

• Vale de Ancho Alentejo Reserva tinto 2004, de Gabriel F. Dias. Cada ano que passa, Vale de Ancho confirma-se como um dos melhores vinhos do Alentejo.

• Vértice Douro Grande Reserva tinto 2003, de Caves Transmontanas. Famosa pelos espumantes, essa casa apresenta um grande tinto duriense, irresistivelmente sedutor.

• Zambujeiro Reg. Alentejano tinto 2004, da Quinta do Zambujeiro. Alentejano feito ao jeito do “Novo Mundo”: muita concentração, com barrica de grande qualidade, cheio, rico de fruta bem madura.

(*) Luis Lopes, além de apreciador das boas taças, é diretor da Revista de Vinhos, de Portugal

Mostrar mais

Artigos relacionados

Leia também
Fechar
Botão Voltar ao topo