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Comida Boa e Barata em Botafogo: O Novo Jurubeba é Imperdível!

Caldinhos, sandubas, pratos do dia e a assinatura do chef Elia Schramm (Babbo, Si-Chou) em um boteco para comer bem sem gastar muito.

Jurubeba é nome popular da planta medicinal Solanum paniculatum, que atua contra inflamações e protege o fígado. É também o nome do bar, em Botafogo, no Rio de Janeiro, do chef Elia Schramm, a quem carinhosamente apelidei de Dolce, e que está à frente ainda do Babbo Osteria, Si-chou e Scuola. Suas casas têm inspiração euroasiática, e o  bar expõe a verve informal carioca com o estilo cosmopolita do chef, além de flertar com o jeitão gastronômico da botecagem mineira.

“Quero fazer do Jurubeba um bar vivo, que vamos consolidando junto com os clientes. O Brasil, em especial o Rio, permite explorar a antropofagia cultural proposta pelos modernistas, é um melting pot que nos abre riquíssimas e ilimitadas possibilidades”, diz ele. O cardápio do Jurubeba oferece uma farra de sabores com preços em conta: caldinhos de mocotó, feijão e mar, sandubas variados e pastéis abrem alas para pratos do dia mais substanciais como o arroz de pernil com picles de cebola, o frango à milanesa sequinho, a carne assada com arroz e feijão, que podem ser escoltados por drinques e chope gelado e, para finalizar, pudim de leite e bolo de coco.

A concentração riquíssima de sabores é fruto da mescla de técnicas brasileiras e francesas que dão ênfase aos fundos, caldos e refogados e extraem o melhor dos ingredientes. A ideia de uma comida mais emocional e menos intelectual, aparentemente simples, combinada com ótimo custo-benefício, é um dos objetivos de Elia na construção de seus negócios. “Quero que as casas do grupo reflitam o zelo e o respeito com que trato a gastronomia, que agradem e façam felizes os frequentadores e os sócios.”

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Chef Schramm nasceu em Genebra, Suíça, tem dupla nacionalidade, a alemã e a brasileira, é pai amoroso de Olívia (10 anos) e Benjamim (6anos) e casado com Ana Paula Auger, que também é parceira na Scuola. Sua formação educacional e política, somada ao seu talento para línguas estrangeiras, mostra a forte influência de seus pais, ambos acadêmicos, a mãe médica e o pai linguista. “Minha profissão veio naturalmente do meu hobbie e da gula, meu pecado capital. No Candomblé, sou filho de Oxóssi, torço pelo Flamengo, e acho um luxo trabalhar com o que me faz feliz. Procuro fazer uma comida com concentração de sabores para quem quer curtir a vida e não concentrar renda.”

Depois de fazer o curso de gastronomia no Rio de Janeiro, Elia foi para Paris, onde trabalhou no catering Potel & Chabot e em restaurantes estrelados como o Le Taillevent, Le Violon D'Ingres e Jules Verne. Quando voltou ao Brasil, foi chef do Laguiole, do grupo Fork, e também das casas do grupo 14Zero3 (Luce, Brasserie Mimolette, Oia, Atelier Mimolette e Posí), todos em terras cariocas. Sua performance garantiu o estofo para em pouco mais de treze anos ser reconhecido como cozinheiro sem limites regionais e empresário bem-sucedido. Seu amigo e colega de profissão chef Thomas Troisgros tem o amigo como exemplo: “O Elia é um chef empresário que respeito e admiro, faz pratos gostosos, saborosos e sem invencionices, como o cliente quer e o negócio exige”.

Por Andrea d'Egmont • https://www.instagram.com/degmont/

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