Mesa SP – Diversidade
Em 2022, o Mesa São Paulo abraça como nunca o tema diversidade
Por Flávia Pinho
Está chegando o dia – de 3 a 5 de novembro, o Mesa São Paulo 2022 vai reunir, no Memorial da América Latina, mais de 100 profissionais de seis países em torno do tema Cozinha do Abraço – A força que nutre, revoluciona, regenera e pacifica. E, para mostrar que a cozinha pode ser um território inclusivo, capaz de abraçar múltiplos talentos e origens, o elenco escalado este ano é um retrato do Brasil no que há de melhor em sua diversidade racial, cultural, de gênero e de crença.
Saberes ancestrais afro-brasileiros serão tema das palestras de três baianas: Solange Borges, dos projetos Culinária de Terreiro e Mulheres Solares; Dona Cici, responsável pelo caruru de São Cosme, oferecido pela Fundação Pierre Verger; e Marlene Jesus da Costa, coautora do livro Cozinhando Histórias – Receitas, Histórias e Mitos de Pratos Afro-brasileiros. A cultura de povos originais do Brasil, por sua vez, estará representada pela chef Clarinda Ramos, indígena da etnia Sateré-Mawé que comanda o restaurante Biatüwi Casa de Comida Indígena, em Manaus.
Chefs de formação clássica e estrelas no currículo contarão suas histórias no mesmo palco de profissionais que derrubaram duras barreiras sociais – como a carioca Alessandra Montaigne, que nasceu na favela e se tornou empreendedora de sucesso em Paris, e o nordestino João Diamante, que também cresceu em comunidades do Rio de Janeiro e entrou para a lista Forbes Under 30 por seu trabalho de inclusão social. Mulheres cozinheiras, das mais diferentes origens e linhas de trabalho, também vão tomar conta do Memorial da América Latina para mostrar que esse território é cada vez mais delas.
“O Mesa São Paulo sempre foi uma grande amostra de todas as nuances da cultura gastronômica brasileira, que por sua vez reflete a cultura do país. Agora, mais do que nunca, queremos mostrar todos os segmentos e influências da nossa gastronomia. Tivemos muito cuidado nessa curadoria para reunir a cozinha do norte e do sul, da roça e da cidade, do litoral e do sertão, para que abraço seja ainda maior. Sem falar nos brasileiros que foram embora do Brasil, que também estarão aqui porque nossa cultura gastronômica precisa ganhar o mundo” Mariella Lazaretti, diretora do Mundo Mesa.
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