Excelência em cinco tempos
O belíssimo Gero, do Hotel Fasano de Belo Horizonte, foi palco do Jantar Magno que deu início à programação do Mesa Minas

Consolidado como uma das mais influentes marcas do setor de hospitalidade, o Fasano conta com uma tradição de 100 anos de história. A grife, que hoje agrupa cerca de 30 empreendimentos – entre hotéis e restaurantes – é referência quando o assunto é excelência e sofisticação. E foi dessa maneira que o restaurante Gero, do Hotel Fasano de Belo Horizonte, sediou, em 2019, mais uma edição do Jantar Magno.
“Estamos muito felizes em receber esse evento e contar com chefs renomados em nossa cozinha”, disse Fábio Jobim, chef do Gero, que é o primeiro instalado em um dos hotéis da rede. O restaurante prima por ingredientes e pratos clássicos da culinária italiana, apresentados com a qualidade consolidada da marca Fasano.
Como não poderia deixar de ser, no Jantar Magno que deu início à programação do Mesa Minas 2019, o serviço foi impecável. Enquanto a afiada equipe do salão atendia os comensais, no comando das panelas, além do anfitrião da noite, estavam o chileno Benjamín Nast, do restaurante DePatio; o chef consultor Lui Veronese, de Brasília; o mineiro Djalma Victor, do OssO; e Tássia Magalhães, do Fabbrica e do Riso.e.ria, em São Paulo.

Direto do Chile
Dando início ao espetáculo, a entrada de Benjamín chegou à mesa cheia de sabor e leveza. Ele serviu um ravióli de abobrinha recheado com ostras e que harmonizou em grande estilo com o vinho Fausto de Pizzato Brut Branco Tradicional. “O jantar foi muito legal, os cozinheiros que dividiram a noite comigo são incríveis. É uma oportunidade de confraternização, de troca. Uma energia única e a possibilidade de um contato maior com a cozinha local, ao mesmo tempo em que pude mostrar minha visão da gastronomia e passar um pouco de minha experiência. Além disso, os chefs brasileiros são muito alegres”, afirma Benjamín.
Vegetariano e saboroso
Na sequência, Lui Veronese preparou o prato principal vegetariano e pensou em ingredientes da região para elaborar sua receita. Com uma variedade de tubérculos (batata-baroa, batata-doce-roxa e cará), ele serviu diferentes nhoques, ornados com seus próprios chips, acrescentando crocância ao conjunto. “Servi com um caldo de legumes tostados, uma elaboração de muitas horas e que tem um resultado de sabor muito apurado, complexo e intenso”, disse. Além disso, à mesa, ele finalizou o prato com uma espuma de queijos mineiros. Nas taças, o vinho Malborough Saint Clairs Sun Sauvignon Blanc, da Nova Zelândia.

Peixe e porco
Djalma Victor é conhecido por seu excelente trabalho com carnes bovina e suína. Mas, no Jantar Magno, o chef resolveu ousar, apostando em um delicioso pescado. O peixe recebeu a companhia de sua pele à pururuca, pirão de mandioca, bisque de tucupi, farofa de baru e pele de batata-doce-roxa, o que agregou ainda mais textura ao prato. O rótulo português Churchills Meio Queijo foi o responsável por harmonizar a receita.
Já Fábio Jobim não deixou de representar as raízes italianas da casa e serviu um maialino com feijão-branco à fiorentina. “A barriga de porco é cozida a baixa temperatura por cerca de 10 horas”, afirmou o chef do Gero. “Depois é selada e assada ao forno, o que a deixa com uma casquinha crocante e saborosa.” Para acompanhar o preparo, o vinho argentino Cobos Felino Cabernet Sauvignon.
Com doçura
A sobremesa da noite, acompanhada do vinho Fausto de Pizzato Demi Sec Branco Tradicional, ficou nas mãos de Tássia Magalhães, que pensou em finalizar a refeição com leveza. “Preparar essa receita foi um desafio, pois é preciso entender todos os pratos que serão servidos antes”, disse. Acertando em cheio, a chef serviu um creme de coco com pedaços da fruta, cremoso de leite de búfala e crumble com puxuri.
* Reportagem publicada na edição 198 de Prazeres da Mesa
