Instituto Adus lança livro de receitas com chefs refugiados
O material faz parte da iniciativa ‘Sabores e Lembranças’ e foi apadrinhado por chefs famosos
o Instituto Adus, organização sem fins lucrativos que atua pela integração de refugiados na sociedade brasileira, lançou no dia 10 de março a primeira edição do livro “Sabores e Lembranças”. Nele, quatro imigrantes que trabalham no ramo da gastronomia trazem receitas típicas de seus países, e foram apadrinhos por famosos chefs brasileiros que apoiaram o projeto.

Da República Democrática do Congo, Evodie Kanyeba, que veio ao Brasil em 2015 para encontrar seu marido, tem como madrinha nesse projeto a chef Helena Rizzo, que considera que a troca com a refugiada foi enriquecedora e que “todo movimento público ou civil é extremamente importante para o acolhimento a refugiados.”

Já a venezuelana Gema Soto, que decidiu se estabelecer no Brasil por não ter condições de criar seus filhos, foi apadrinhada por Bela Gil. “Torço muito para que mais mulheres ocupem lugares de liderança nas cozinhas profissionais “, disse Bela.

A culinária síria é apresentada por Mohamad Alghourani, que fugiu de seu país em 2012 por conta da guerra, e conta com apoio da chef Ieda, que destacou a importância dos refugiados terem oportunidades e acreditar que é possível mudar de vida.

Já Sorab Kohkan, apadrinhado por Bel Coelho, traz receitas do Afeganistão. Ele veio para o Brasil primeiro com sua esposa e depois conseguiu resgatar seus filhos do regime fundamentalista afegão em 2021. “Criar novos espaços para acolher refugiados e imigrantes é fundamental em qualquer sociedade que pretende ser democrática e humanista”, disse Bel.
O livro, disponível no site do Adus de forma digital e gratuita, faz parte do projeto “Sabores e Lembranças”, que busca reforçar a culinária como uma oportunidade de renda e de reconexão com as culturas de origem e memórias afetivas, para os refugiados.
“Sabores e Lembranças” é uma parceria do instituto com a empresa de logística e transportes JSL, com o Governo do Estado de São Paulo, com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e com o ProAC (Programa de Ação Cultural).