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Confira os primeiros colocados do TOP 100 VINHOS 2016

  1. Vega-Sicilia Único Gran Reserva 2004

Vega Sicilia Unico Gran ReservaRibera del Duero – Espanha

Logo após a visita de Pablo Alvarez, proprietário de Vega-Sicilia, ao Brasil em setembro, veio à tona a notícia de que Javier Ausás, homem responsável pela produção dos vinhos, estaria deixando o cargo. Apesar das polêmicas existentes, é certo que a família Alvarez não faz concessões quanto à qualidade dos vinhos. Independentemente dos altos e baixos nos bastidores, os vinhos sempre mantiveram sua majestade. Com o Único 2004 não foi diferente, mesmo lançado 10 anos após o ano de sua safra, ele ainda se mostra jovem. As frutas exuberantes e maduras (87% Tempranillo e 13% Cabernet Sauvignon) ainda devem integrar mais com os tostados e abaunilhados dados pelos 25 meses em barricas novas de carvalho, mais os 17 meses em barricas usadas. Na boca, mostra seu tremendo potencial, com taninos finíssimos, ótima acidez, boa limpidez e intensidade aromática para ir longe. Mistral/Grand Cru – R$ 3.028

 

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  1. L. de Heredia Viña Tondonia Gran Reserva Blanco 1991

Rioja – Espanha

Um clássico de Rioja, os vinhos da vinícola López de Heredia continuam sendo feitos em sua adega centenária, em condições que qualquer manual de enologia moderna diria ser impossível de se fazer um grande vinho. O Reserva branco 1991 é feito com 85% de Viura e 15% de Malvasia, estagiado por seis anos em barris de carvalho antigos, mais seis anos em garrafa. O resultado? Um néctar dourado, com aroma de frutas amarelas maduras (damasco e ameixa), cera e mel, denso, complexo, longo e com a acidez de um vinho jovem de clima frio. Apesar da dificuldade em entender seus porquês, ele é muito fácil de beber e gostar. O Tondonia é inimitável. Vinci – R$ 837

 

 

  1. Pio Cesare Barolo Ornato 2009

Piemonte – Itália

Pio Boffa é figura conhecida no mercado brasileiro e costuma nos visitar anualmente. A safra 2009 foi considerada calorosa e a Nebbiolo de seu Barolo Ornato mostra boa aptidão para ser consumida jovem (mais jovem que o habitual). Os taninos intensos foram bem domados pelo clima e pelas barricas de carvalho francês novas, nas quais 70% do vinho estagiou por 36 meses. Os aromas são de frutas vermelhas maduras (sem sobrematuração), tabaco, terra e cânfora, e há acidez suficiente para arrefecer os 14,5% de álcool, que devem se integrar ainda mais com o passar dos anos. Um Barolo amável desde já.Decanter – R$ 871

  1. Don Pérignon Plénitude 2 1998

Champagne – França

Desde 1996, Richard Geoffroy é o gênio por trás do mítico Champagne Dom Pérignon. Em 2014, foi lançado o projeto Plénitude, em substituição à linha Oenothèque. Nessa linha de dégorgement tardio, Geoffroy concluiu que a Cuvée Prestige de Moët & Chandon apresenta três ápices qualitativos quando o vinho ainda está em contato com as borras das leveduras. O primeiro, quando Don Pérignon normalmente é lançado, ocorre entre o 7o e o 8o ano com as leveduras; a segunda plenitude ocorre entre os 12 e os 15 anos “sur lie”; e o terceiro pico depois dos 20 anos. Esse P2 combina a experiência de um senhor com a vitalidade de um adolescente, nele há complexidade, textura e profundidade suficientes para ser o Champagne do ano. LVMH – R$ 1.900

  1. Quinta do Crasto Vinha da Ponte 2012

VPonte_2012Douro – Portugal

A família Roquette pode ser considerada uma locomotiva que não faz concessões quando se trata da qualidade dos vinhos da Quinta do Crasto. A Vinha da Ponte (assim como a “irmã” Maria Teresa) fica em uma íngreme e recortada encosta no caminho do Rio Douro até a sede da vinícola, composta de videiras centenárias e mais de 30 variedades misturadas no vinhedo. Em 2012, as intempéries climáticas baixaram os rendimentos das plantas. Em compensação os cachos que resistiram apresentaram ótima maturação, mantendo a acidez. Nas mãos do competente (e discreto) enólogo Manuel Lobo, o vinho estagiou por 20 meses em barricas novas de carvalho francês que aparecem de forma equilibrada no vinho, tanta é a intensidade da fruta. Ainda que o nariz esteja um pouco fechado, nota-se a limpidez do conjunto com aromas de violeta, frutas negras, grafite, pólvora, cacau, balsâmico e ervas. Não há excesso de concentração, em vez, taninos muito finos e potentes, ótima acidez, que ajuda na fluidez do vinho na boca. Ao final, algumas notas tostadas e abaunilhadas (pão tostado e toffee) dão um toque de sofisticação. Qualimpor – R$ 1.382

  1. Valdespino El Candado Pedro Ximenez

El Candado Pedro XimenezJerez – Espanha

A maior parte dos Jerez é seca e salina. Uma das exceções é o Pedro Ximenez, nome da uva de que origina. Depois de secas ao sol, viram passas e fermentam parcialmente. Após a fortificação, o vinho resultante fica com cerca de 18% de álcool e nada menos que 400 gramas de açúcar residual por litro. A diferença aqui é fruto da maestria do enólogo Eduardo Ojeda que conduz o sistema de soleras em que os vinhos-base estagiam de 8 a 10 anos, em grandes barris da carvalho. Denso e untuoso, a média concentração é balanceada pela ótima riqueza de aromas (nozes, mascavo-escuro, café, defumado e tâmaras).Zahil – R$ 198

 

  1. La Rioja Alta Viña Ardanza Reserva 2004

Viña Ardanza 2005Rioja – Espanha

Mais um Rioja pertencente à linha clássica. Quase vizinho à Lopez de Heredia, La Rioja Alta completou, em 2015, 125 colheitas realizadas. Na excelente safra de 2004 (não foi produzido nos dois anos anteriores), o vinho é composto de 80% Tempranillo (de Rioja Alta) e 20% Garnacha (de Rioja Baja), que amadurecem por três anos em barricas, seguidos de mais três anos em garrafa antes de ir ao mercado. A ligeira vantagem sobre as linhas superiores 904 e 890 está na exuberância que mostra desde hoje. Aromas de flores, cereja, tabaco, terra, baunilha e café precedem uma estrutura elegante, integrada com taninos finíssimos e mais camadas de aromas até o longo final com notas de cedro, flores secas e terra.Zahil – R$ 351 (safra 2005)

 

  1. Guaspari Vista do Chá Syrah 2012

Espirito Santo do Pinhal-SP – Brasil

Talvez uma surpresa para muitos, mas um vinho brasileiro, feito na Serra da Mantiqueira, em altitudes que chegam a 1.300 metros, está entre os melhores do ano. O Syrah do vinhedo chamado Vista do Chá leva vantagem sobre o Vista da Serra pelo caráter mais austero, com menos exuberância da fruta e da madeira. As videiras são induzidas ao ciclo de produção no Hemisfério Norte, portanto, em vez de colher no outono, a colheita é feita na nossa primavera, época de mais baixa pluviometria. A fruta negra (amora e ameixa), típica da Syrah, está presente, com toque defumado e de grafite. Os taninos são polidos e há bom frescor. Vale a pena acompanhar o resultado com as videiras mais adultas. Apenas fiquemos de olho no preço e no uso do carvalho.Guaspari – R$ 149

  1. Clos des Fous Cauquenina Blend 2012

022895Itata/Maule – Chile

Inicialmente tratados como loucos por querer recuperar vinhedos antigos do sul do Chile, o grupo de amigos liderados por Pedro Parra e François Massoc, respectivamente, uma das maiores autoridades em estudo de subsolo para viticultura, e o enólogo com formação borgonhesa e que domina o uso de barricas de carvalho como poucos no mundo. O vinho é uma complexa mescla de País e Cinsault de Itata, uma parcela de Malbec plantada em 1914 em Bío-Bío e Carignan, Carménère e um pouco de Touriga Nacional de Cauquenes (Maule). Bem mais simples é entender o vinho, com nariz feminino e cheio de sutilezas, com flores, frutas vermelhas e negras frescas, grafite e toffee. Na boca, os taninos mostram a força dos solos graníticos que dão ao vinho textura acetinada e vivacidade.World Wine – R$ 124
10.  Anselmo Mendes Curtimenta 2011

Minho – Portugal

O domínio da casta Alvarinho levou Anselmo Mendes a ser conhecido como maior maestro da casta, em sua região nativa de Monção e Melgaço, nos Vinhos Verdes. O nome “Curtimenta” deriva da recuperação da técnica de macerar o mosto com as cascas (como nos tintos) por algumas horas. A fermentação termina em barris de carvalho usados de 400 litros (maiores que as tradicionais barricas, de 225 litros). O resultado é uma versão amplificada do Alvarinho, com seus típicos aromas cítricos, de melão, pimenta branca, iogurte e flores brancas. Além de certa salinidade, tem ótima acidez e um toque de taninos (das cascas), que dão personalidade única a este branco.Decanter – R$ 405

 A lista completa você encontra na edição de janeiro de Prazeres da Mesa que está nas bancas.

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