O mundo da gastronomia em luto
Com muita tristeza informamos o falecimento do empresário Celso La Pastina, comandante das importadoras La Pastina e World Wine
Com muita tristeza informamos o falecimento do empresário Celso La Pastina, comandante das importadoras La Pastina e World Wine. Celso foi um dos empresários mais dinâmicos da gastronomia brasileira. A empresa foi fundada em 1947 por seu pai Vicente La Pastina, na Rua Santa Rosa, 247, no bairro do Brás, em São Paulo, para o comércio atacadista de cebola.
Em 1978, então, Celso La Pastina ingressou na empresa e foi fazendo transformações que ajudaram a construir uma das marcas mais fortes do mercado. Na década de 1990, expandiu o número de produtos e começou um forte trabalho de marketing. Foi, portanto, quando passou a ter grande parte dos produtos importados com a própria marca La Pastina.
Para ficar ainda mais forte no mundo do vinho, Celso criou a World Wine em 1999, para oferecer ao consumidor final, vinhos finos de todo o mundo, importados com exclusividade. “Conversamos no início do ano e ele estava otimista e fazendo muitos planos. Queria abrir lojas da La Pastina e expandir ainda mais as da World Wine”, lembra Ricardo Castilho, Diretor Editorial de Prazeres da Mesa. “Vai fazer falta nesse mercado, que cada vez mais precisa de pessoas éticas e trabalhadoras como ele”.
Celso faleceu de complicações cardíacas, decorrentes do Covid-19. Deixa a esposa Liliane La Pastina e quatro filhos, Juliana, Jeremias, Sophia e Amanda; e a irmã Vera La Pastina. Nossos profundos sentimentos.
Repercussão sobre o falecimento de Celso La Pastina
“Eu acompanhei a formação dele com o grande mestre que teve, que foi o seu pai. Senhor Vicente ensinou tudo para ele. Eu tive momentos magníficos com essa família. Na época em que eu comandava a Casa Cabral fui algumas vezes preparar o bacalhau lá na sede de La Pastina. Ria muito e brincava muito com o Celso. Acompanhei o nascimento dos filhos, vi todos crescerem e foi assim uma amizade gostosa, com o vinho e com a gastronomia ligadas a 200 por hora, uma coisa muito bacana. Bom humor, era um pouco retido em suas emoções, uma grande pessoa e gostava muito do que fazia. Soube enfrentar muitas durezas da vida com galhardia fora do normal.
É uma perda muito grande porque, no melhor da sua vida, no crescer das coisas, no prazer de deixar uma coisa boa para os filhos, com eles trabalhando juntos, nesse momento, acontece um negócio desses que não dava para prever. Fica o carinho e a saudade e a nossa sincera homenagem a esse camarada que soube honrar demais esse sobrenome que veio lá de longe da Itália, com um sacrifício danado e ele conseguiu manter essa bandeira de pé. Aos filhos, a esposa e a irmã vai o nosso abraço fraternal de longe, porque até isso essa doença maldita nos impede de fazer.” Carlos Cabral, consultor e especialista em Vinhos.
“ O Celso foi daquelas pessoas que pegaram o que receberam e souberam multiplicar. Raro isso. Transformou o que herdou em um império. Uma grande perda para o mercado eno-gastronômico.” Eduardo Russo, especialista em vinhos
“Por muitos anos, tivemos empresas muito próximas fisicamente e nos encontrávamos constantemente. Sempre foi um empresário de muito caráter, visão e grande empreendedor, vai fazer muita falta no nosso mercado” Adilson Carvalhal Junior, diretor da importadora Casa Flora.
“Conheci o Celso como um dos executivos mais bem sucedidos. Mas a batalha foi árdua e grande. Junto ao pai e fundador das empresas Sr Vicente, mesmo já bem estabelecidos, não perderam a humildade. Grato por tê-lo conhecido.” Álvaro Cézar Galvão, o Engenheiro que virou Vinho.