Representantes do Slow Food de 32 países debatem o papel das comunidades locais
O encontro realizado em Chiusi, na Itália, contou com a participação de 96 membros do movimento que luta pelo alimento bom, limpo e justo
Na última semana, 96 membros do Conselho Internacional do Slow Food se reuniram em Chiusi, na região da Toscana, na Itália. Os representantes, que eram de 32 países diferentes, debateram sobre o futuro das Comunidades do Slow Food.
Seguindo as premissas do movimento Slow Food, as comunidades têm como intuito, portanto, fortalecer a rede internacional para lutar por grandes causas como o desperdício alimentar; além de desigualdade, mudanças climáticas, proteção da biodiversidade etc.
Ao todo, o Slow Food conta com 80 comunidades ao redor do mundo. É o caso da Comunidade da Horta Compartilhada Vesuviana: Biodiversidade e Tradição, na Itália. Juntas, essas comunidades promovem a sociabilidade e a inclusão de crianças vulneráveis por meio de cultivo e semeadura.
Outro exemplo é a Comunidade de Pasil/Kalinga, nas Filipinas. Com foco na defesa e preservação das sementes tradicionais, é a primeira comunidade indígena do país.
Na América do Sul, o destaque fica para a Comunidade de Bocachica, na Colômbia. Formada por pescadores, cozinheiros, produtores locais e consumidores, ela promove encontros, oficinas de cozinha e palestras.
Na África do Sul, por sua vez, a Comunidade de Vhembe é focada no cultivo das hortas locais. Esse grupo luta para criar bancos para a coleta e preservação das sementes locais.
Marcaram presença no encontro de Chiusi, o italiano Carlo Petrini, presidente do Slow Food e o brasileiro Georges Schnyder, diretor de Prazeres da Mesa e vice-presidente mundial do Slow Food. O Conselho Internacional do Slow Food se reuniu durante três dias, de 13 a 16 de junho.
